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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Tropeirismo*

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Jean Debré
A profissão mais antiga do Brasil
Dia 26 de abril é o Dia do Tropeiro no Estado de Santa Catarina. Foi a data da morte, em 1733, do padre Cristóbal de Mendonza e Orelhana, primeiro tropeiro brasileiro vindo do pampa argentino, em 1732, com destino no Rio Grande do Sul, chegando em Santa Catarina no ano seguinte. 
Durante 250 anos os tropeiros foram responsáveis por toda a comercialização e transportes de produtos e informações no Brasil. Uma justa homenagem.
A palavra "tropeiro" deriva de tropa, numa referência ao conjunto de homens que transportavam gado e mercadoria no Brasil colônia. O termo tem sido usado para designar principalmente o transporte de gado da região do Rio Grande do Sul até os mercados de Minas Gerais, posteriormente São Paulo e Rio de Janeiro, porém há quem use o termo em momentos anteriores davida colonial, como no "ciclo do açúcar" entre os séculos XVI e XVII, quando várias regiões do interior nordestino se dedicaram a criação de animais para comercialização com os senhores de engenho.
Ao longo do tempo os principais pousos se transformaram em povoações e vilas. É interessante notar que dezenas de cidades do interior na região sul do Brasil e mesmo em São Paulo, atribuem sua origem a atividade dos tropeiros.
O comércio de animais foi fator determinante para integrar efetivamente o sul ao restante do Brasil, apesar das diferenças culturais entre as regiões da colônia, os interesses mercantis foram responsáveis por essa fusão e indiretamente, pela prosperidade tanto da grande propriedade estancieira dos estados do sul, como de pequenas propriedades familiares, em regiões onde predominaram populações de origem européia e que abasteciam de alimentos as fazendas pecuaristas.
Uma vida de tropeiro

Eles viajavam grandes distâncias, durante semanas seguidas, conduzindo gigantescas tropas de gado. Os veículos não eram caminhões-boiadeiros, mas pequenas mulas, que cumpriam com valentia o trabalho. A saudade de casa, a falta de notícias da família, o sofrimento físico no caminho. Tudo fez parte da vida dos tropeiros, homens que se arriscavam para impulsionar o desenvolvimento do Brasil.

Em Santa Catarina, as homenagens a estes heróis viraram a lei de número 13.890, do ano passado, que estabelece o dia 26 de abril, no caso, hoje, como o Dia do Tropeirismo.

Vivendo atualmente na localidade de Monte Alegre, em São Joaquim, na Serra Catarinense, Vidal Cândido da Silva Neto, 78 anos, é um dos homenageados. O mais velho entre 10 irmãos, ele concluiu o antigo ginasial na escola e voltou para a fazenda, onde vivia com a família. Em 1953, sua mãe morreu, a situação ficou difícil, e ele, com 25 anos, precisou ajudar ainda mais.

Os irmãos saíram para estudar, e Vidal continuou no campo. Foi quando virou tropeiro. As primeiras viagens foram longas. Com mais cinco cavaleiros, comprava gado na região de Cruz Alta (RS) e levava até São Joaquim.

Numa destas lidas, conduziu 512 cabeças. A dificuldade era maior quando os animais paravam para beber água nos riachos ou, então, quando se perdiam, e Vidal e seus companheiros eram obrigados a procurá-los na mata.

Vidal não lembra detalhes da viagem mais longa. Diz apenas que saiu de São Joaquim com 30 touros e foi até Guarapuava (PR), de onde voltou, após bons negócios, com 260 bois.

Ele recorda da tensão na descida da Serra do Rio do Rastro, quando muitos animais rolavam montanha abaixo. Alguns eram resgatados; outros, jamais encontrados. O joaquinense guarda uma passagem por Vacaria (RS), quando uma grande nevasca surpreendeu a tropa, e, isolado, dormiu sobre a montaria da mula.

Às vezes faltava comida. A chuva, o vento e o frio eram companhia da maioria das viagens. No entanto, Vidal nunca pensou em desistir e, hoje, orgulha-se do que fez até os 60 anos.

Ficou a saudade das viagens, da receptividade dos moradores e, principalmente, dos amigos - todos falecidos, mas que conservam, em suas famílias, a história de uma nação.

Hoje, vive em sua fazenda, a Fazenda Ipê, onde recebe hóspedes em sua pousada.

Recursos utilizados na confecção dos mapas 1º Ano E. M.

Sensoriamento remoto e Cartografia

A partir do momento em que, pela primeira vez, uma pequena porção da superfície terrestre foi fotografada com a ajuda de um balão em 1858 (na França), o sensoriamento remoto apresentou um espetacular desenvolvimento. Recentemente, com o emprego do radar e dos satélites artificiais, o sensoriamento remoto tem contribuído enormemente para o desenvolvimento de diversos campos do conhecimento, tais como Geologia, Geografia, Geomorfologia, Oceanografia, Meteorologia, Cartografia e outros.

O sensoriamento remoto nada mais é do que "um recurso técnico para ampliar os sentidos naturais do homem", ou seja, " é um dispositivo ou equipamento [câmara fotográfica, radar] que capta e registra, sob a forma de imagens, a energia refletida ou emitida pelas áreas, acidentes, objetos e acontecimento do meio ambiente, incluindo os acidentes naturais e culturais" (Cêurio de Oliveira. Curso de Cartografia Moderna, p. 83).

Quanto à fonte de radiação (fonte emissora de energia), os sensores são classificados em passivos e ativos. São passivos quando dependem de uma fonte de radiação externa ou natural, como o Sol e a Terra. Nesse caso estão, por exemplo, os radiômetros, que registram a radiação emitida pelas diferentes superfícies e substâncias (solo, água etc.) e as câmaras fotográficas, que captam a radiação solar refletida.

São do tipo ativo quando não dependem de fonte de energia externa, isto é, são sensores que possuem sua própria fonte de energia. É o caso, por exemplo, dos radares, que emitem fluxos de energia em direção a determinados alvos e, a seguir, captam de volta a energia refletida por eles.

Aerofotogrametria

Como dissemos no início, a câmara fotográfica foi o primeiro tipo de sensor remoto utilizado pelo homem. Hoje em dia, as câmaras fotográficas encontram-se bastante aperfeiçoadas, sendo que as câmaras aéreas empregadas em sensoriamento remoto dispõem de mecanismos ou dispositivos que permitem combinar simultaneamente o movimento do filme com o deslocamento do avião.

As diversas vantagens oferecidas pela aerofotogrametria, tais como boa orientação espacial, facilidade de interpretação e elevado nível de precisão e rapidez, explicam o largo uso da fotografia aérea em todo o mundo. No caso da cartografia, o seu emprego é fundamental, pois quase toda a produção cartográfica atual utiliza seus recursos.

A fotografia aérea oferece também, através da fotointerpretação, um amplo campo de trabalho a diversos profissionais, como urbanistas, geólogos, geógrafos e outros.


O princípio da aerofotogrametria

O princípio usado pela aerofotogrametria pode ser descrito assim, resumidamente:

1º) de um avião devidamente equipado e mediante condições de tempo apropriadas, são feitas, ao longo de uma linha (reta) de vôo, sucessivas exposições fotográficas de uma extremidade a outra da área, até cobri-la totalmente.

2º) Ao longo de cada faixa ou linha de vôo, as exposições são feitas de tal modo que, entre duas fotos sucessivas, haja uma superposição de aproximadamente 60%, ou seja, a primeira e a segunda fotos cubram uma área comum de 60%.

3º) Colocadas todas as fotos uma ao lado da outra, e obedecendo-se à orientação correta (linhas de vôo, superposição etc.), teremos uma visão total da área. Para obtermos a visão tridimensional, recorremos ao estereoscópio, um instrumento ótico binocular que permite ver as imagens em terceira dimensão (em relevo).


Radar

O radar é um sensor ativo que, para obter a imagem de uma determinada superfície, emite fluxos de energia (ondas eletromagnéticas) através de uma antena que é simultaneamente transmissora e receptora, isto é, envia e depois recebe de volta a energia refletida pela superfície. A seguir, essa energia é processada e transformada em imagens por outros instrumentos do radar (receptor, amplificador e detector), e estas, finalmente, são registradas em fitas magnéticas ou em filmes.

O Brasil iniciou, a partir de 1970, um amplo levantamento da Amazônia através do radar (Projeto radam ou Radambrasil) com a finalidade de elaborar um mapeamento da região abrangendo diversos aspectos tais como geológicos, geomorfológicos, de vegetação, hidrográficos, dos solos e do uso da terra. O trabalho de levantamento das imagens da região foi feito em cerca de doze meses, sendo que posteriormente outras regiões do país passaram a usar os serviços oferecidos pelo Radam.

Satélites Artificiais

O sensoriamento remoto por meio de satélites artificiais teve início no final da década de 50, logo após o lançamento do primeiro satélite artificial pelos soviéticos, o sputinik, em 1957.

No caso dos satélites artificiais, as primeiras imagens da Terra foram obtidas através de câmaras fotográficas, passando-se posteriormente a empregar outros tipos de sensores mais avançados e eficientes. Hoje, o sensoriamento remoto por meio de satélites representa o mais importante e eficiente recurso tecnológico de observação da Terra de que o homem dispõe.

Dentre os vários programas ou sistemas de sensoriamento por satélites (Tiros, Nimbos, Apolo, Spot etc.) o mais importante é, sem dúvida, o Landsat, desenvolvido pela NASA (National Aeronautics and Space Administration). Esse sistema compreende uma série de cinco satélites, sendo que o Landsat 1 foi lançado em 1972 e o Landsat 5, em 1984.

O esquema básico de funcionamento do sistema Landsat é o seguinte: os dados obtidos pelos satélites são transmitidos para uma estação terrestre, sendo depois processados e utilizados pelos especialistas interessados.
As informações a seguir referem-se aos satélites Landsat 4 Landsat 5:
  • suas órbitas ao redor da Terra são circulares e encontram-se a 705 km de altitude;
  • cada satélite demora cerca de 98 minutos para completar a sua órbita;
  • cada satélite demora dezesseis dias para cobrir toda a Terra.
O Brasil utiliza informações do sistema Landsat desde 1973. Para tanto, o país conta com uma estação terrestre de rastreamento e de recepção de dados, situada em Cuiabá (MT), e outra para processamento e distribuição dos dados, localizada em Cachoeira paulista (SP). O trabalho de rastreamento feito em Cuiabá abrange 90% da área da América do Sul. Além dos programas Landsat, o Brasil já recebe dados do programa espacial francês Spot, iniciado em 1986.

3º Ano 1.2.3.4 O sul Subdesenvolvido

Sul Subdesenvolvido, O

As nações capitalistas subdesenvolvidas abrangem atualmente pouco mais da metade da população mundial. Se somarmos a elas os países de "Economias de Transição" mais pobres – como a Mongólia, a China ou o Vietnã -, teremos o conjunto denominado Sul, que compreende pouco mais de ¾ da população mundial.
O Conceito de Subdesenvolvimento
 O termo subdesenvolvimento surgiu após a Segunda Guerra Mundial, nos documentos dos organismos internacionais, como a ONU e a UNESCO, principalmente. A "descoberta" do subdesenvolvimento deu-se com a descolonização e com a publicação pelos organismos internacionais de dados estatísticos dos diversos países do mundo (índice de mortalidade, salário, formas de alimentação, habitação, consumo, distribuição de renda, etc.). Esses dados revelaram um verdadeiro "abismo" entre o conjunto dos países desenvolvidos e o dos subdesenvolvidos.
 Tal realidade é mais antiga que o seu conceito, pois os países subdesenvolvidos a partir do momento em que deixaram de ser col6onias e se constituíram em Estados-Nações politicamente independentes, se viram inseridos dentro deste contexto. Na América Latina isso ocorreu desde o início do século XX. Na Ásia e na África tal processo se deu tardiamente, acontecendo neste século XX.
Terceiro Mundo
 A expressão "Terceiro Mundo", apesar de ser geralmente usada como sinônimo do conjunto de países subdesenvolvidos, surgiu apenas em 1952, quando o estudioso francês Alfred Sauvy a forjou com base numa comparação entre os países pobres e o Terceiro Estado da França nas vésperas da revolução de 1789. Naquela época, a expressão refletia o estado de miséria do povo em geral e o da burguesia, que não participava do poder político, ficando este sob domínio da nobreza e do clero, primeiro e segundo estado, respectivamente.
A Idéia de Sul
 A idéia de Sul é mais recente que as outras. Ela passou a ser mais empregada a partir dos anos 80, como forma de evitar as polêmicas que cercam os conceitos de subdesenvolvimento e terceiro mundo. Mais suave, a noção de Sul não traz a carga de atraso contida na palavra subdesenvolvimento, nem a idéia de dois mundos sugerida na expressão terceiro mundo.
 Sabemos que neste hemisfério também existem alguns países desenvolvidos como a Austrália e a Nova Zelândia e que no Norte existem alguns bolsões de pobreza como na Mongólia, por exemplo. Daí, devemos entender o conceito de Sul como uma metáfora.
As Origens Históricas dos Países Subdesenvolvidos
 Quase todas as nações do Sul foram colônias antes de se constituírem em países independentes.
 Inversamente, nenhum dos atuais países desenvolvidos foi de fato colônia. Mesmo os EUA, o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia, que teriam sido colônias da Inglaterra durante alguns séculos, na realidade não o foram.
 Durante a época moderna, do século XVI ao XVIII, os europeus unificaram a superfície terrestre, estabelecendo relações de troca entre quase todos os povos e regiões. Nesse período existiram dois tipos principais de colonização: de exploração e de povoamento.
 As "Colônias de Exploração", como México, Brasil, Peru e Bolívia, localizadas em áreas tropicais, serviram como fonte de enriquecimento de suas metrópoles. Existindo apenas para suprir as necessidades da metrópole, essas foram as verdadeiras colônias típicas, usurpadas e vilipendiadas.
 Diferentemente, nas colônias de povoamento, como os EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, não verificamos este processo de exploração predatória de riquezas. Sendo territórios situados na zona temperada, com condições naturais semelhantes à Europa, não serviam para a produção de gêneros agrícolas tropicais que eram reclamados pelo mercado europeu de então. O ouro e a prata só foram encontrados nos EUA e Canadá após a independência, para sorte desses países. Os europeus que emigraram para essas áreas temperadas tinham, em geral, objetivos bastante diferentes daqueles que vieram para as regiões tropicais: queriam reconstruir o modo de vida que tinham na Europa, longe dos seus conflitos religiosos e de outra natureza qualquer. Adotaram uma nova pátria.
 A Argentina também possui uma natureza de área temperada, no entanto, os espanhóis encontraram prata nesse território (argentum vem do latim e quer dizer prata). Isso acabou atraindo espoliadores aventureiros sem interesse em construir uma pátria, mas sim o de explorar e usufruir, apenas, para depois regressarem ricos e poderosos à Europa.
Sociedade e Estado no Subdesenvolvimento
 Os países subdesenvolvidos resultaram da expansão do capitalismo a partir da Europa Ocidental, desde os séculos XV e XVI. O capitalismo, que nasceu na Europa, expandiu-se por toda a superfície do globo e produziu um mundo interligado, dividido em áreas centrais ou desenvolvidas e áreas periféricas ou subdesenvolvidas.
 Nos países desenvolvidos o capitalismo resultou de um processo endógeno (interno), ou seja, desenvolveu-se a partir da própria sociedade. No Terceiro Mundo o capitalismo foi imposto de fora, isto é, resultou de um processo exógeno (externo).
 As sociedades que existiam nos países colonizados – por exemplo as sociedades indígenas ou a milenar sociedade indiana – acabaram sendo destruídas ou submetidas a um novo modelo social, colonial.
 A exploração colonial visava a expansão do comércio e a produção de minérios ou gêneros agrícolas baratos para suprir o mercado mundial.
 No início havia mão-de-obra escrava em grande parte dos atuais países subdesenvolvidos. A partir de meados do século XIX, a escravidão começou a atrapalhar o desenvolvimento da economia de mercado, pois o escravo não era comprador e consumidor. Extinto o regime servil, uma massa de trabalhadores com baixíssimos salários substituiu os escravos. Dessa forma, a intensa exploração da força de trabalho constitui uma das características essenciais do subdesenvolvimento.
 Em alguns lugares, como a América Latina, os europeus desprezaram as sociedades preexistentes e estabeleceram outra, trazendo trabalhadores escravos da África e a elite dominante da própria Europa. Em outras áreas, onde havia populações muito numerosas – como foi o caso da Ásia -, os dominadores europeus corromperam algumas elites locais: provocaram rivalidades e conflitos entre grupos sociais, conseguindo que certas camadas dominantes já existentes fossem coniventes com a economia colonial, e recrutaram trabalhadores mal remunerados no próprio local.
 Particularmente na Índia, os colonizadores ingleses encontraram uma sociedade extremamente complexa, que tinha um desenvolvimento econômico avançado para a época, com produção manufatureira superior à da própria Inglaterra. Como o que interessava era uma Índia submissa, compradora de bens manufaturados ingleses e produtora somente de matérias-primas a serem vendidas a preços baixos, os ingleses acabaram destruindo essas oficinas manufatureiras indianas, provocando o atraso em que hoje se encontra aquele país.
O Estado - Repressor e Ilegítimo
 Nos países subdesenvolvidos, o Estado foi montado pelos colonizadores com o objetivo de defender os interesses mercantis, baseando-se menos na coesão (nas leis, na tradição, na cultura), como ocorre nos países desenvolvidos, e mais na coerção, isto é, na força física, impositiva. Juntando-se a isso, a enorme disparidade entre a minoria dominante e a maioria explorada provocou um estado de violência quase que endêmico, baseado na pressão militar ou policial sobre as populações de baixa renda.
 É por isso que a democracia dificilmente consegue se firmar no Sul: mantém-se por curtos períodos ou existe apenas na teoria, salvo raras exceções, como parece ser o caso do Brasil de hoje, onde a democracia se consolida cada vez mais.
 Uma efetiva democratização só ocorrerá nesses países através da organização e da iniciativa das próprias classes populares. Não é a partir do Estado que se alcançará a democracia, mas contra o Estado, com alterações radicais nas bases desse poder político instituído.
Algumas Idéias Equivocadas
 A realidade dos países subdesenvolvidos tem suscitado uma série de mal-entendidos, de4 idéias equivocadas. Talvez a mais absurda seja a de que o subdesenvolvimento seria uma situação de atraso, como se essas nações fossem semelhantes a crianças ou adolescentes, que um dia serão adultos. Ë como se no passado toda a humanidade tivesse sido subdesenvolvida – desde uma tribo indígena até a Inglaterra do século XVII – e o desenvolvimento ou "progresso" fosse uma coisa normal, que acontece naturalmente com o passar do tempo.
 Para mostrar como tal idéia é duvidosa, vamos expor a seguir algumas teses fundamentais para entender o subdesenvolvimento.
 Os países desenvolvidos nunca foram subdesenvolvidos no passado. Quando se estuda a Inglaterra antes da revolução industrial, verifica-se que havia um grande atraso em comparação com a tecnologia atual. Mas o termo país subdesenvolvido não é apropriado para esse caso, pois não havia dependência econômica, que é fundamental para definir o subdesenvolvimento.
 Foi apenas a partir do nascimento e desenvolvimento do capitalismo na Europa Ocidental e de sua posterior propagação pelo restante do mundo, que surgiu essa situação de subdesenvolvimento, caracterizada pela dependência, pela subordinação das nações periféricas com relação a outras, as centrais.
 Subdesenvolvimento não significa apenas atraso econômico ou social. Em alguns países subdesenvolvidos existem indústrias modernas e, em certos casos, uma taxa de crescimento bastante razoável. O que os difere dos desenvolvidos é que continuam a ser países com minorias privilegiadas, concentradoras de renda. Podemos citar como exemplos a África do Sul e o Brasil, que são bastante industrializados, bem como o Kuwait e os Emirados Árabes Unidos, exportadores de petróleo que já possuíram, nos anos 70 e 80 duas das maiores rendas per capita do mundo.
 O alto índice de pobreza, portanto, também define o subdesenvolvimento, evidenciando o problema distributivo.
 Não há uma oposição simétrica entre a realidade do Norte e a do Sul. O país subdesenvolvido não é exatamente o oposto do desenvolvido: um seria agrícola e rural, o outro industrializado e urbano. Existem subdesenvolvidos que são industrializados e têm população predominantemente urbana. Na realidade, esses dois "mundos" são interdependentes: um deles não existiria sem o outro. Não é possível que todos os países do mundo sejam desenvolvidos: não há desenvolvidos sem subdesenvolvidos e vice-versa, ou seja, o capitalismo parece se alimentar de desigualdades.
 É extremamente difícil imaginar um mundo em que todos os países sejam desenvolvidos de acordo com as "sociedades de consumo" dos dias atuais.
Os Grandes Contrastes nos Países do
 O Terceiro Mundo é um conjunto bastante heterogêneo, isto é, possui áreas e sociedades extremamente diferentes umas das outras.
 Essas culturas e sociedades pluralistas foram unidas muitas vezes pelo uso da força, pela imposição de uma economia de mundial. ACABARAM SUBMETIDAS A FORMAS DE PENSAMENTO E DE PRÁTICA ORIUNDOS DA Europa, mas sobreviveram, às vezes sofrendo alterações profundas e se misturando com outras, tendo ainda hoje uma grande influência sobre os povos do Terceiro Mundo. Examinaremos dois exemplos: o Oriente Médio e a Ásia.
O Oriente Médio
 Até o final do século passado havia nessa região dois impérios principais: o Império Otomano e a Pérsia. O Império Otomano, dominado pelos turcos mas incluindo povos árabes, ia da porção européia da atual Turquia, a oeste, até o atual Iraque, incluindo o Kuwait, a leste; no século XVII tinha sido ainda maior. A Pérsia (atual Irã) incluía parte do atual território do Iraque e era habitada por povos persas e árabes. O elemento agregador desses dois impérios era a religião islâmica ou muçulmana (baseada no Corão, livro que contém ensinamentos do profeta Maomé).
 Nos séculos anteriores, houve fases de guerra e fases de comércio (às vezes os dois juntos) entre a Europa e essas regiões. Mas no final do século passado as pot6encias capitalistas, especificamente a Inglaterra, iniciaram a colonização dessa área. Esse processo provocou a redefinição das fronteiras, que se acentuou após a primeira guerra mundial (1914 – 1918).
 Muitas colônias – que mais tarde se tornariam países independentes – foram artificialmente criadas, para lotear essa região entre potências européias ou até mesmo para beneficiar algum membro da classe dominante local, que tinha auxiliado os colonizadores nas suas conquistas. Inicialmente surgiram a Síria e o Líbano, que ficaram com a França e o Iraque, a Transjordânia e a Palestina, que ficaram com a Inglaterra. Mais tarde foram criadas nações artificiais como o Kuwait, Iêmen, Catar, Omã e Arábia Saudita. Esses países têm até hoje uma unidade precária, e o sentimento nacional é quase inexistente.
 Mas as populações de todos esses países têm em comum a fé religiosa, uma vaga esperança de unificação de todos os povos árabes para construírem uma grande nação e um sentimento ANTIOCIDENTAL, especialmente anti norte-americano, pois os EUA se constituíram na grande potência capitalista deste século.
A África
 O exemplo da África é diferente. A partir do século passado, as potências européias começaram a dividir entre si as terras desse continente, e a demarcação de fronteiras não levou em conta os interesses dos povos africanos. Famílias ou povos com a mesma língua foram separados por fronteiras, e povos de idiomas e costumes diferentes, às vezes até inimigos tradicionais, acabaram ficando no mesmo território, sujeito a leis comuns impostas pelo colonizador.
 Raramente uma nação africana apresenta uma unidade de povo com idiomas e costumes em comum. A regra geral é haver uma língua oficial de origem européia (inglês, francês, português, etc.), mas que é falada por menos da metade da população nativa, embora os governos tentem impor esse idioma oficial pela força militar ou através de precárias escolas.
 Uma característica marcante da África é que, em pleno século XX, ainda está mergulhada em lutas tribais devido à criação artificial de fronteiras por parte dos europeus. Quase todas as guerras e conflitos sangrentos ocorridos nesse continente nos últimos anos, tiveram origem em lutas entre etnias ou nacionalidades com rivalidades seculares e que convivem no mesmo território, dentro das mesmas fronteiras criadas pela colonização européia.
Os Diversos Patamares ou Grupo de Países do Sul
 Levando-se em conta tanto o grau de riqueza (principalmente industrialização) de cada país ou grupo de países, como também suas perspectivas para o século XXI, podemos dividir o Sul em três principais conjuntos ou patamares: a PERIFERIA PRIVILEGIADA, a PERIFERIA INTERMEDIÁRIA e a PERIFERIA MAIS PERIFÉRICA.
 A periferia privilegiada é formada pelos países mais industrializados do Sul, que possuem ainda um razoável mercado de consumo interno. É um seleto grupo de países subdesenvolvidos que já conseguiram grandes avanços na produção industrial e possui maior viabilidade para se desenvolver (ou, pelo menos, crescer igual ou mais que a média dos países ricos). Desse conjunto, podemos distinguir tr6es subgrupos: a China, os "Tigres Asiáticos" e os países industrializados da América Latina.
 A China é um caso à parte, pois poderá se tornar uma das grandes potências do século XXI (junto com os EUA, Japão e Europa Ocidental), desde que continue evoluindo no ritmo acelerado dos últimos anos. É a economia que mais vem crescendo desde o final dos anos 80, em todo o mundo. A China poderá se tornar um dos mercados de consumo mais disputados do planeta, evidentemente se conseguir distribuir bem a sua renda nacional, que ainda é muito baixa (renda per capita de 480 dólares). Juntando-se a esses fatores, possuem a mesma tradição histórica de um dos maiores impérios mundiais do passado e de terem contribuído de forma significativa para o progresso da humanidade com a invenção da pólvora e da bússola, por exemplo. Isso faz com que haja um forte desejo (tanto das elites como do povo) de voltar a ser uma grande potência, sem dependência dos grandes centros mundiais de poder.
 Os chamados "Tigres Asiáticos" – Coréia do Sul, Taiwan ou Formosa, Hong Kong e Cingapura – são economias dinâmicas, que cresceram enormemente nas últimas décadas, bem mais que o resto do mundo em conjunto. O nível médio salarial de suas populações já é bem maior que os de todos os demais países subdesenvolvidos. A renda per capita em Cingapura, por exemplo, já é de cerca de 16.000 dólares, semelhante à do Japão quinze anos atrás e maior4 que a de muitos países desenvolvidos hoje. Os "Tigres Asiáticos" exportam nos dias atuais produtos de tecnologia intermediária, inclusive microcomputadores, e possuem ótimos sistemas educacionais (os melhores do Sul) para a maioria de suas populações.
 Quanto aos países industrializados da América Latina – principalmente o BRASIL, o MÉXICO e a ARGENTINA, e secundariamente o Chile – também estão num outro patamar ou degrau, acima da maioria dos países do sul. São bastante industrializados, com rendas per capita intermediárias (2.800 dólares no Brasil e 3.500 no México) e mercados de consumo razoáveis, que só não são maiores devido às grandes desigualdades sociais. Esses países conheceram uma época muito ruim (década de 80), onde a produção cresceu menos que a população, a dívida externa aumentou assustadoramente, os ricos ficaram mais ricos e os pobres mais pobres. Todavia, parece que encontraram novamente o caminho do desenvolvimento (alguns deles) nestes anos 90, quando conseguiram derrubar a inflação, que era a maior do mundo nessa região.
 Da periferia intermediária podemos dizer que sã0 0s países do Sul com produção industrial e rendimentos em geral médios. Incluem-se nesse grupo a África do Sul, Egito, Turquia, Índia, Venezuela, Colômbia, Peru, Indonésia, Filipinas, Tailândia, Arábia Saudita, Kuwait, Argélia, Marrocos e alguns poucos outros. São economias com características que as colocam bem acima dos países mais pobres (Haiti, Sudão, Uganda, etc.), mas por outro lado, não possuem a viabilidade que existe no grupo do Sul dos países periféricos privilegiados. Alguns desses países têm renda per capita baixíssima, em especial a Índia (360 dólares), mas sua produção industrial é considerável, havendo setores modernos convivendo com outros atrasados.
 Infelizmente, ainda se debatem com gravíssimos problemas internos como crises políticas, econômicas, étnico-nacionais, religiosas, separatistas, etc. A África do Sul, por exemplo, o país mais industrializado do continente africano, precisa urgentemente resolver seus conflitos etnico-tribais, evitando que estes atrapalhem o processo de democratização multirracial do país.
 Os países exportadores de petróleo, por sua vez, precisam encontrar outras alternativas econômicas, além de resolver problemas internos graves como o radicalismo religioso, pois o petróleo não durará para sempre e o radicalismo religioso é fator de atraso social e científico.
 Por fim, temos a periferia mais periférica, ou seja, os países paupérrimos e menos industrializados do planeta, o chamado "Quarto Mundo" por alguns autores. Nesse grupo estão a imensa maioria das nações do Sul, como as da África subsaariana, da América Central a da Ásia (excluindo-se os "Tigres Asiáticos" e a periferia intermediária). São economias com pouquíssimas chances de viabilidade de crescimento real nos anos 90 e início do século XXI. Provavelmente irão ficar mais pobres ainda devido ao grande crescimento demográfico, o maior do mundo, agravando a escassez de alimentos, empregos, escolas, moradias decentes, etc. Apenas possuem mão-de-obra e matérias primas baratas para oferecer, elementos esses cada vez mais desvalorizados na nova ordem mundial. 

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Anguilla (colônia britânica)
Antígua e Barbuda
Antígua
Barbuda
Antilhas Holandesas (parte do Reino dos Países Baixos)
Bonaire
Curaçao
Saba
Santo Eustáquio
São Martinho (parte de uma ilha dividida com Guadeloupe)
Aruba (parte do Reino dos Países Baixos)
Bahamas
Andros
Cat Island
Eleuthera
Grande Bahama
New Providence, com a capital Nassau.
Barbados
Bermuda (colônia britânica)
Ilhas Virgens
Ilhas Virgens Americanas (território dos EUA)
Ilhas Virgens Britânicas (colônia britânica)
Ilhas Caymans (colônia britânica)
Cayman Brac
Grand Cayman, com a capital Georgetown
Little Cayman
Cuba
Dominica
República Dominicana
Ilha de São Domingos (também "Espanhola" ou "Hispaniola", ilha dividida com o Haiti)
Granada (divide as Granadinas com São Vicente e Granadinas)
Guadalupe (departamento ultramarino da França)
Ilha de Basse-Terre
La Désirade
Grande-Terre
Marie Galante
Îles de la Petite Terre
Îles des Saintes (duas ilhas)
São Bartolomeu, também Saint Barts
São Martinho (parte de uma ilha dividida com as Antilhas Holandesas)
Haiti
Ilha de São Domingos (também "Espanhola" ou "Hispaniola", ilha dividida com a República Dominicana)
Jamaica
Martinica (departamento ultramarino da França)
México não é um país caribenho, mas tem algumas ilhas no Caribe:
Ilha de Cancún, parte da cidade de Cancún
Ilha das Mulheres, perto de Cancún.
Cozumel
Montserrat (colônia britânica)
Porto Rico (estado livremente associado aos EUA)
São Cristóvão e Névis
São Cristóvão
Névis
Santa Lúcia
São Vicente e Granadinas (divide as Granadinas com Granada)
Bequia
Mustique
Palm Island
São Vicente
Young Island
Trinidad e Tobago
Tobago
Trinidad
Turks e Caicos (colônia britânica)
Grande Turca
Providenciales

7ª série 1.2.3. Conhecendo Países da América Central Insular


São Cristóvão e Névis
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Nome oficial: Federação de São Cristóvão e Névis

Organização do Estado: Monarquia parlamentarista

Capital: Basseterre

Área: 262 km²

Idioma: inglês (oficial)

Maiores cidades: Basseterre, Charlestown

População: 38.958 (Julho de 2005 est.)

Unidade monetária: East Caribbean dollar


      Compreende duas ilhas nas Antilhas, que se situam a leste do mar do Caribe, entre Porto Rico e Trinidad e Tobago. O interior é montanhoso e tem origem vulcânica. O clima é tropical. A população é formada por afro-americanos (94%), eurafricanos (3%), europeus (3%).

História
        Quando Cristóvão Colombo explorou as ilhas, em 1493, elas eram habitadas pelos Caraíbas. Hoje a maioria dos habitantes descende dos escravos africanos. São Cristóvão foi colonizada pelos ingleses em 1623; Névis recebeu seus primeiros colonos em 1628. Os franceses se estabeleceram em São Cristóvão em 1627 e uma rivalidade entre ambas as metrópoles coloniais perdurou por mais de 100 anos. Em 1782 os ingleses obtêm uma vitória decisiva sobre os franceses na Colina Brimstone e as ilhas passam permanentemente ao controle britânico. Juntamente com o território de Anguilla, as ilhas são unidas em 1882. Integram a Federação das Índias Ocidentais em 1958, na qual permanecem até a sua dissolução em 1962. São Cristóvão–Névis-Anguilla tornou-se um estado associado do Reino Unido em 1967. Anguilla separou-se em 1980 e São Cristóvão e Névis tornou-se independente em 19 de setembro de 1983.
        Uma queda nos preços internacionais do açúcar prejudicou a economia do país nos anos 80 e o Governo esforçou-se para reduzir a dependência das ilhas da produção do açúcar por meio da diversificação da economia, promovendo o turismo e os serviços financeiros. Em 1990, o Primeiro-Ministro de Névis, Vance Amori, anunciou sua decisão de cortar os laços federativos com São Cristóvão em 1992. Contudo, uma eleição local em junho de 1992 optou por postergar a idéia. Em agosto de 1998, 62% da população votou pela secessão de Névis, não alcançando os dois terços necessários para a aprovação da medida. Amori recentemente reiniciou o processo constitucional com vistas à separação, que será eventualmente submetida a novo referendum.
        Kennedy Simmonds, líder do Movimento de Ação Popular foi o Primeiro-Ministro até 1995, quando é derrotado em eleições gerais pelo Partido Trabalhista cujo líder, Denzil Douglas, torna-se Primeiro-Ministro. Douglas e os Trabalhistas tornam a vencer as eleições em 2000 e 2004.

Sistema Político

        O território é dividido administrativamente em 14 regiões: Christ Church Nichola Town, Saint Anne Sandy Point, Saint George Basseterre, Saint George Gingerland, Saint James Windward, Saint John Capesterre, Saint John Figtree, Saint Mary Cayon, Saint Paul Capesterre, Saint Paul Charlestown, Saint Peter Basseterre, Saint Thomas Lowland, Saint Thomas Middle Island e Trinity Palmetto Point.

Poder Executivo: o chefe de Estado é a Rainha Elizabeth II, desde 6 de fevereiro de 1952, representada pelo Governador Geral Cuthbert Montraville Sebastian, que ocupa o cargo desde janeiro de 1996. O chefe de Governo é o Primeiro Ministro Dr. Denzil Douglas (desde 6 de Julho de 1995). O Gabinete é nomeado pelo Governador Geral, após consultar o Primeiro-Ministro. O Monarca nomeia o Governador Geral que, por sua vez, nomeia o Primeiro-Ministro (geralmente é o líder do partido de maior bancada ou da coalizão majoritária).
         O monarca é hereditário; o Governador Geral é nomeado pelo monarca; por meio de eleições legislativas, o líder do partido majoritário ou da coalisão majoritária é, geralmente, nomeado Primeiro-Ministro pelo Governador Geral.

Poder Legislativo: Congresso unicameral. Assembléia Nacional com 14 membros, dos quais 11 são eleitos por voto direto e 3 são indicados pelo Governador Geral. O mandato é de 5 anos. As próximas eleições estão previstas para 2009.

Poder Judiciário: Sistema legal, baseado na Common Law do Reino Unido, exercido pela Suprema Corte de Justiça do Caribe Oriental, situado em Santa Lúcia. Um dos juizes da Corte deve residir em São Cristóvão e Névis. Há possibilidade de apelações ao Conselho Privado, em Londres.

Economia
        São Cristóvão e Névis têm uma economia pequena porém aberta. Historicamente, o açúcar foi seu principal produto, mas atualmente representa apenas 20% do PIB. Nos últimos anos, tem havido considerável diversificação, com o aumento da participação do turismo, serviços financeiros e indústrias leves na formação do PIB. Apesar de desastres naturais recorrentes (furacões), a economia apresenta boa taxa de crescimento. Os acontecimentos de 11 de setembro de 2001, com a queda substancial na entrada de turistas, afetou seriamente a economia como um todo que, mesmo assim, apresentou taxa de crescimento de 2%, em 2001. Em 1991, o setor público e o setor de telecomunicações passaram por uma reforma estrutural, a fim de torná-los mais eficientes e funcionais. As principais exportações são açúcar, melaço, algodão e coco.
        A Federação mantém bom relacionamento com seus vizinhos. Participa ativamente da Organização dos Estados do Caribe Oriental – OECO e da Comunidade do Caribe e Mercado Comum – CARICOM.
Indicadores econômicos:
   
PIB: PPP - US$ 339 milhões (est. 2002)
   
PIB per capita: PPP - US$ 8.800 (est. 2002)
   
Inflação: 1,7% (est. 2001)
    Desemprego: 4,5% (1997)

Composição setorial do Produto Interno Bruto:
    - Agricultura: 3,5%
    - Indústria: 25,8%
    - Serviços: 70,7% (est.2001)

Exportação:
    US$ 70 milhões (est. 2002)
    Pauta de exportação: maquinaria, alimentos, eletrônicos, bebidas e tabaco.
    Detino: EUA 58%; Canadá 9%; Portugal 8,3%; Reino Unido 6,9% (2004).

Importação:
    US$ 195 milhões (est. 2002)
    Pauta de importação: maquinaria, manufaturados, alimentos e combustíveis.
    Origem: EUA 33,1%; Itália 19,4%; Trinidad e Tobago 10,5%; Reino Unido 9,8%; Dinamarca 6% (2004).

Principais parceiros comerciais: EUA, Reino Unido, Trinidad e Tobago.


Relações Bilaterais
        As relações entre os dois países têm-se caracterizado pela cordialidade, carecendo, porém, de densidade. Contudo, o relacionamento entre os dois países adquire relevância no âmbito dos organismos internacionais de que fazem parte, bem como em negociações envolvendo relações hemisféricas. O Brasil mantém Embaixada em Basseterre, cumulativa com Barbados e residente em Bridgetown.

Principais jornais na internet:

Informações gerais / busca:



Governo de São Cristóvão e Névis:


Suprema Corte de Justiça do Caribe Oriental:

domingo, 24 de julho de 2011

Galera! Fiquem de olho ...Estado de Tapajós e Carajás

No dia 31 de maio de 2011, foi aprovado no plenário do Senado o projeto de realização de plebiscito e criação do estado de Tapajós  dentro do atual estado do Pará. Também já foi aprovado no Congresso o projeto de criação do estado de Carajás.


Inicialmente, a realização de um plebiscito para consulta popular no estado do Pará sobre a criação de um novo estado foi aprovada pelo CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. No dia 5 de maio, o plenário da Câmara já havia aprovado um decreto legislativo que já autorizava a realização da consulta popular.
O novo estado de Tapajós ocuparia cerca de 58% de todo o território do estado do Pará, abocanhando 27 municípios. A capital de Tapajós seria a cidade de Santarém. Segundo a presidência do Senado, o plebiscito tem a autorização para ocorrer em seis meses após a sua aprovação.
Sobre o estado de Carajás, o projeto de realização de plebiscito sobre a sua criação foi aprovado pelo Congresso, o estado de Carajás é planejado para ocupar a região sul e sudeste do Pará, sua capital seria Marabá.
Carajás em seu projeto inicial, teria 39 municípios e ocuparia uma área de 25% do atual Pará. Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) os dois estados seriam economicamente inviáveis, dependeriam de constantes ajudas do Governo Federal para a manutenção de suas estruturas administrativas ainda a serem instaladas.
Os atuais prefeitos de Santarém e Marambá defendem a criação dos dois estados, por administrarem as futuras capitais, acreditam que as novas unidades territoriais traria a presença estadual mais próxima às necessidades das cidades do interior paraense.
O atual estado do Pará ficaria com a menor parte, caso os plebiscitos indiquem a divisão de seu território para a criação de Tapajós e Carajás. No Congresso, a realização de consulta popular obteve, para Carajás, 261 votos a favos contra 53 contra; Tapajós obteve, 265 a favor e 51 contra.
A oposição ao governo de Dilma Rousseff classificou a ideia de criação de dois novos estado de irresponsável, pois geraria novos gastos públicos e não traria crescimento ao país, sendo regiões sem atrativo e viabilidade econônica. Os novos estados necessitarão de edifícios administrativos, palácios, tribunais, assembleias e novos investimentos em infraestrutura de transportes a curto prazo.
A bancada do Governo Federal no Congresso, defende a criação dos dois estados, citando que na época, a criação do estado de Tocantins, desmembrado de Góias, gerou um crescimento de 155% do PIB no período de 1988 a 2006. Crescimento do PIB também foi registrado na divisão dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Em termos geológicos, o futuro estado de Tapajós herdaria, além da maior fatia territorial, uma extensa reserva de minério de e a represa de Tucuruí.

Fontes:

quarta-feira, 20 de julho de 2011

8 ª série 1.2.3...O PAPEL DO BRASIL JUNTO AS AÇÕES DA ONU *

O PAPEL DO BRASIL JUNTO AS AÇÕES DA ONU
Após a 2º Guerra Mundial o homem se viu obrigado a criar uma instituição internacional em busca de manter a paz e a segurança no mundo, surgindo assim a ONU (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS).

Atualmente a ONU é formada por centenas de países, que visam acabar com os diversos problemas mundiais como a pobreza, criminalidade, falta de assistência de saúde, dentre tantos outros direitos fundamentais que esta resguarda, tendo como um de seus maiores objetivos é proporcionar ao homem condições dignas de vida.
Para facilitar que suas ações sejam mais eficazes a ONU se subdivide em seis órgãos, sendo eles: a Assembléia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela, o Tribunal Internacional de Justiça e o Secretariado. Todos eles estão situados na sede da ONU, em Nova York, com exceção do Tribunal, que fica em Haia, na Holanda. A Organização das Nações Unidas está interligada a diversos organismos das mais variadas áreas, juntas celebram trabalhos de desenvolvimento econômico, político e educacional.

No Brasil é visível o bom trabalho desenvolvido por esta organização, principalmente por meio da UNICEF, nota-se a capitação de recursos para ajudas humanitárias e a diversidade de programas sociais evitando marginalização de crianças pobres.

O Brasil através de seus embaixadores é representado em vários países, participando de forma contínua dos processos de tomada de decisões e das atividades coordenadas pela ONU, em Nova York toma parte dos eventos da instituição os quais podem interessar o país. Nosso país é um dos membros nao-permanentes que participa do Conselho de Segurança.

Em Genebra o Brasil atua em ações na própria sede da suíça, ficando encarregado de realizar trabalhos na África, no Oriente Médio e na Ásia. Já na sede de Roma os trabalhos têm como base acabar com a fome, dar boas condições de alimentação as pessoas carentes, assim como em Paris a equipe de brasileiros tem como missão resguardar a paz e os direitos humanos.

Todas essas embaixadas brasileiras que atuam em conjunto com as Nações Unidas são mantidas pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

* Este texto é de autor desconhecido

8ª série 1.2.3...O papel da ONU no século XXI. *

O papel da ONU no século XXI. *

A ONU, organização criada em meio a grandes conflitos mundiais (I e II Guerras), veio substituir a falida Liga das Nações, instituição com propósitos semelhantes e que não conseguiu evitar a eclosão da II Guerra mundial.
Seus propósitos, desde o princípio eram os melhores, buscando atuar por um mundo sem violência, guerras, promovendo o progresso social e ampliando o nível de vida da população mundial.
Uma das primeiras obras foi a criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948 e outras obras posteriores que buscavam impor o respeito e a dignidade a todos através de direitos fundamentais.
A ONU tem sua sede em Nova Iorque e possuí atualmente 192 membros e uma estrutura organizacional bem complexa através de órgãos e agências como a Assembléia Geral, Conselho de Segurança, UNESCO, FAO, OMS, UNICEF, FMI, Banco Mundial e outros que buscam atar em diversas áreas como educação, trabalho, saúde, cultura, economia, segurança, etc...
O órgão considerado mais importante da ONU é o Conselho de Segurança, responsável em primeira instância pela manutenção da paz e da segurança internacionais. É constituído atualmente por 15 membros sendo 5 permanentes e com poder de veto, um voto negativo paralisa a ação do conselho (EUA, Rússia, França, Reino Unido e China) e 10 eleitos na Assembléia Geral de 2 em 2 anos (5 da África e Ásia, 2 da América Latina e 3 da Europa e outras partes do mundo). O Brasil já foi eleito diversas vezes. Existe um projeto que busca o amento do número de membros permanentes do Conselho de Segurança a fim de que os interesses mundiais sejam melhores representados, inclusive com a possibilidade de o Brasil ocupar uma destas cadeiras, porém, não possui o aval nem dos EUA e nem da Argentina que não aceita o Brasil como uma potência regional Sul-Americana.
Muito se discute na atualidade sobre a eficácia ou inutilidade da existência deste órgão (ONU). Alguns criticam o fato de a mesma não atuar de forma efetiva na resolução de conflitos, atuando meramente em campos de refugiados e levando ajuda humanitária aos flagelados das guerras, uma espécie de panos quentes para as feridas causadas pelos geopolíticos, enquanto outros, afirmam que a situação dos países em conflito poderia ser bem pior sem esta atuação.
Sobre o FMI, este muitas vezes é uma forma de aumentar a dívida externa dos países subdesenvolvidos, com pagamentos exorbitantes de juros, uma ferramenta da manutenção do imperialismo no mundo multipolar por parte dos países ricos (que desenvolvem tecnologia), causando a dependência em relação aos subdesenvolvidos.
Existe um desequilíbrio muito grande em se tratando de Conselho de Segurança, a meu ver um verdadeiro clube de conveniências onde os 5 membros permanentes se apóiam para impor suas geopolíticas, a Rússia (e União Soviética) é a campeã no uso do veto ( 118 vezes) e os EUA o segundo (76 vezes), potências protagonistas da Guerra Fria, duas grandes potências mundiais em uma história não muito distante, onde o segundo utilizou este artifício na metade das vezes para bloquear resoluções de condenação a Israel (seu grande aliado no Oriente Médio).
Na atualidade, o Conselho de Segurança da ONU não foi capaz de impedir a invasão do Iraque e Afeganistão pelos EUA o que trouxe grandes flagelos e os ataques a Geórgia pela Rússia.
O Conselho de Segurança, o FMI, enfim, a ONU é uma arma geopolítica nas mãos das grandes potências que a manipulam e ampliam a violência e as desigualdades mundiais, enquanto um grupo seleto do clube possui vários benefícios o restante do mundo geme e vive como marionetes nas mãos perversas e sedentas por sangue. Enquanto uns possuem armas nucleares que poderiam explodir o mundo inteiro (EUA e Rússia) outros são fiscalizados e impedidos de produzi-las.
Sobre a sua atuação na área social, em mais de 60 anos de existência e atuação da ONU o mundo a cada dia se torna mais desigual e o número de excluídos aumenta a cada ano. Enquanto as condições de vida nos países ricos são boas para a maioria da população, nos países pobres a situação é perversa, ratificando a lógica do sistema capitalista de produção, a internacionalização do capital amplia estas desigualdades através da exploração e nenhum compromisso social por parte do capital privado e o estatal que nos dias atuais se tornou um agente do grande capital.
Fica a pergunta, será que realmente esta instituição busca a paz, a cooperação entre os povos e a segurança mundial, onde os países-membros trabalham em prol de uma vida cidadã, como era o seu propósito, ou é uma ferramenta para a manutenção do domínio e perversidade dos grupos hegemônicos, seja em termos bélicos ou econômicos?
Para quem enxerga o mundo atual com um olhar crítico à resposta é muito clara, mas para quem vive no mundo das fábulas produzido pela grande mídia a miopia social direciona para outros caminhos.
Ora, a ONU, precisa de uma reformulação urgente a fim de que possa representar de fato os interesses da maioria dos países do globo, não sendo impotente diante dos problemas que assolam a maioria da população mundial a fim de que haja cooperação de fato e não continue sendo uma arma dos grupos hegemônicos mundiais. Com o atual estruturado sistema excludente que o mundo vive, é impossível falar de direitos humanos.

Tema de atividade: Reforma na ONU.
Texto: Autor desconhecido

quarta-feira, 13 de julho de 2011



Uso de novas frequências autorizadas pela Anatel pode provocar apagão de parabólicas, diz jornal

ANTENAPARABOLICA(RADIOBAILAO
Grandes redes de televisão afirmam que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) pode provocar um apagão de 22 milhões de antenas parabólicas residenciais espalhadas pelo país, informa reportagem da Folha de S. Paulo.

Segundo o jornal, a agência vai autorizar o uso das frequências de 3,4 a 3,6 gigahertz (GHz) para oferta de banda larga e de telefonia fixa e celular pela tecnologia de transmissão sem fio Wimax. As parabólicas usam a faixa de frequência contígua, de 3,62 GHz a 3,8 GHz.
A Globo e a Record teriam testado os equipamentos e constatado a interferência na recepção dos canais de TV pelas antenas parabólicas e nas transmissões entre as chamadas cabeças de rede e suas afiliadas e retransmissoras.
Segundo disse à Folha o conselheiro da Anatel Jarbas Valente, se forem confirmadas as queixas das emissoras, o governo vai buscar uma solução técnica antes de iniciar a licitação, que deve ocorrer neste ano.


Por 28 a 8 votos, ALESC aprovou PLC 026/2011




Por 28 a 8 votos, a ALESC aprovou na tarde de hoje, 13, o Projeto de Lei Complementar 026/2011 que altera a tabela salarial do magistério.  Pelo regimento interno da ALESC, o projeto não poderia ser votado em plenário no dia de hoje, pelo fato de não ter passado pelas comissões (Constituição e Justiça, Finanças e Trabalho); mas desrespeitando o regimento do legislativo catarinense a bancada governista garantiu sua aprovação.
 Deputados de oposição denunciaram a manobra dos partidos aliados ao Governo Raimundo Colombo e prometeram recorrer judicialmente da decisão.  O SINTE/SC já acionou sua assessora jurídica para uma análise da forma como ocorreu a votação do projeto, e pretende buscar a anulação da votação do PLC 026/2011. O resultado da votação causou polêmica e protestos
Mais de 3 mil trabalhadores em Educação que lotaram a ALESC. Policiais militares e do BOPE foram chamados e houve agressão contra os professores. Uma professora passou mal e foi conduzida para um cardiologista; outras desmaiaram e foram atendidas por soldados do Corpo de Bombeiros. Uma professora foi agredida por um segurança da ALESC e sofreu luxação no dedo; outro professor também teve o dedo machucado devido a agressão dos policiais.
Os trabalhadores do magistério realizaram uma breve reunião no final da votação e repassaram  informes e encaminhamentos aos representantes das regionais presentes. A orientação foi de fortalecimento da greve e exigir que o Governo pague o Piso na carreira.

Depoimento de uma professora Serrana

Pós a destruição do Plano de carreira dos servidores do magistério catarinense, pelos deputados governistas da ALESC(Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina). Professora serrana postou as seguintes considerações no blog do Moacir.
“Sou professora da rede estadual de ensino e fazer greve sempre foi contra meus princípios, mas minha adesão a esta greve, veio de encontro aos meus direitos e a qualidade do ensino do meu filho que estuda em escola pública.  Hoje humildemente compreendo as palavras de Martin Luther King: “A greve é a linguagem dos que não são ouvidos”.
O movimento é desgastante emocionalmente, mas recompensador no aprendizado. Fazer parte, contribuir e participar efetivamente das manifestações foi algo indescritível. Raiva, prazer, impotência, amor, ódio, ansiedade, indignação, são algumas gamas do sentimento humano, vivenciadas num processo como este. Sentimentos estes, que compartilhei com meus familiares, amigos e com a sociedade. Mediante diversificadas informações e atitudes, tive momentos de fragilidade… mas me fortalecia com os bons exemplos de pessoas que foram imprescindíveis nesta caminhada
Minhas considerações finais:
- Ao Governador Serrano, faço das palavras dele, título de sua obra, as minhas:
“O povo tem rosto, nome e endereço”  Raimundo Colombo
E acrescento… e tem Memória!
- Aos Educadores: Categoria somos todos nós!
“Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia. O mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante”. Charles Chaplin

- Aos Alunos e aos Pais:
Somos Professores, assumimos os nossos deveres, não abdicamos dos nossos direitos!
“Educar é minha vida, lutar foi minha atitude!”

- A Imprensa/Mídia: Credibilidade se conquista com imparcialidade e informações coerentes.
Aos que tiveram ética e profissionalismo meus parabéns! especialmente ao meu guru Moacir Pereira.
Mesmo contrariada, mas respeitando minhas limitações como ser humano, após 58 dias em greve,  retorno de cabeça erguida para escola, por  ter cumprido a árdua missão de ser coerente com a verdade e tentar requerer meus direitos como cidadã.
Quanto aos meus direitos… “Grandes Conquistas”? no meu entendimento estas faziam parte do processo. Agradeço a todos que contribuíram e tiveram o discernimento de compreender este movimento que foi em prol da EDUCAÇÃO!  Meu muito obrigada!
“Se eu pudesse deixar algum presente à você,(…)
 Lembraria os erros que foram cometidos
 para que não mais se repetissem. (….)
 Deixaria para você, se pudesse,
o respeito aquilo que é indispensável.
Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse, um segredo:
o de buscar no interior de si mesmo  a resposta
e a força para encontrar a saída.” Mahatma Gandhi
Lages(S.C.), 13  de julho de 2011. ANA PAULA RAMOS
Professora Serrana, Grevista e Solidária!”