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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Ataque em escola no Brasil é sem precedentes, dizem especialistas

07/04/2011 12h01 - Atualizado em 07/04/2011 13h23

Ataque em escola no Brasil é sem precedentes, dizem especialistas

Perturbação e histórico de bullying são padrões de matadores em massa.
Caso do 'atirador do shopping' em São Paulo deixou 3 mortos em 1999.

Glauco Araújo e Tahiane Stochero Do G1, em São Paulo
Estudiosos de assassinatos em massa, a escritora Ilana Casoy e o psiquiatra forense Guido Palomba dizem nunca terem visto no país um caso como o ocorrido nesta quinta-feira (7) na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, quando pelo menos 11 estudantes foram mortos e 18 feridos. O ministro da Educação, Fernando Haddad, também considerou o ataque a tiros na escola municipal do Rio de Janeiro como uma “tragédia sem precedentes no Brasil”.

Pessoas se aglomeram em frente ao edifício em busca de mais informações (Foto: Luiz Gomes/Futura Press)Pessoas se aglomeram em frente a escola em busca
de mais informações (Foto: Luiz Gomes/Futura Press)
Para Ilana, este deve ser até agora o o caso mais emblemático de atirador que provoca mortes em escolas no país. O outro caso ocorrido em escolas do Brasil lembrado pela escritora ocorreu em 2002, quando um estudante de 17 anos matou a tiros uma colega e deixou outra ferida após realizar disparos em uma sala de aula em Salvador.

“Enquanto nos Estados Unidos estas situações ocorrem com maior facilidade, aqui no Brasil é mais difícil, porque nossa cultura é menos armamentista. Lá nos Estados Unidos há maior facilidade de se adquirir armas, então pessoas transtornadas conseguem mais rapidamente transformar a fantasia em ação”, diz Ilana.

“Este tipo de ação é raro no mundo, e mais ainda no Brasil”, acrescenta ela.
O psiquiatra Guido Palomba, que diz que não há registros brasileiros de um caso semelhante ao ocorrido no Rio de Janeiro. ”Este é o primeiro caso no Brasil. Não tenho conhecimento de literatura a respeito", diz.
Caso semelhante em SPEm 28 de janeiro de 2003, em Taiúva, a 363 km de São Paulo, um ex-aluno de 18 anos entrou na escola e atirou contra os estudantes no momento do intervalo, atingindo sete pessoas. Depois, se suicidou. Segundo a polícia, o jovem era vítima de bullying escolar. Atingido na coluna, um estudante que tinha 18 anos, na época do crime, ficou paraplégico.
Atirador do shopping
O mais emblemático dos casos no Brasil até então, segundo especialistas, foi quando o ex-aluno de medicina Mateus da Costa Meira abriu fogo contra pessoas que assistiam a uma sessão de cinema no Shopping Morumbi, em São Paulo, na noite de 3 de novembro de 1999. O “atirador do shopping”, como ficou conhecido, usou uma submetralhadora e deixou três mortos, quatro feridos e pelo menos quatro feridos. "Todos que fazem isso são desequilibrados", diz Guido Palomba.
“O Mateus já tinha fantasias desde criança, e conseguiu executar seu desejo de atirar contra a multidão do cinema aos 17 anos. Só que uma pessoa interrompeu o Mateus quando recarregava a arma, por isso a tragédia não foi maior” , diz Ilana.

Auto índice de doença mental, graves perturbações, passado de bullying e gosto por assuntos paramilitares são características que integram o perfil dos atiradores em massa, segundo Ilana. “É comum que se suicidem depois de cometer a ação, pois são pessoas traumatizadas, que tem um passado de um longo período de humilhação e baixa auto-estima”, afirma Ilana.
Palomba acredita que o entendimento da personalidade de um indivíduo deve levar em consideração o ambiente social em que ele vive. “Há uma pitada da cultura social maior ou menor em cada caso. Culturalmente falando, esse tipo de caso ocorre com mais frequência nos Estados Unidos. Isso fica aparente quando se conversa com as pessoas sobre o caso do Rio. Elas fazem relação imediata com casos ocorridos no exterior”.

O psiquiatra disse que a ausência de casos como o ocorrido na escola municipal do Rio de Janeiro automaticamente elimina as chances de que histórias assim existam com mais naturalidade. “Nos Estados Unidos, o porte de arma legal é mais fácil do que no Brasil. Ataques a escolas por lá são mais frequentes e são fatos repetitivos, o que se torna exemplo para os olhos da sociedade. Isso passa a fazer parte do imaginário do povo e do doente mental também. Os exemplos servem de caminho para ele escoar sua doença, sua patologia".
 

terça-feira, 5 de abril de 2011

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