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sábado, 23 de outubro de 2010

A midia Como recurso do Educador¹



O vídeo didático é uma das principais inovações educacionais de nossa época, como foi, no passado, o texto livre, o jornal escolar, o filme, o teatro, a festa, a exposição, a visita, a viagem, a pesquisa, etc.

O papel do vídeo e dos meios em geral não é o de adocicar a pílula de um conteúdo escolar enfadonho. É o de rever os conteúdos mesmos para que eles próprios sejam fonte de satisfação.

Foi a escola nova que valorizou os meios de comunicação, buscando tornar mais interessante o conteúdo, através de métodos novos. Mas não basta facilitar a aprendizagem com meios mais agradáveis. Uma boa educação deve levar o aluno a sentir satisfação no próprio ato de estudar. O aluno precisa sentir satisfação no que a escola tem de específico, que é a sistematização do conhecimento.

Continua válida a antiga tese de que só aprendemos aquilo no qual nos envolvemos profundamente e faz sentido para nós. Por outro lado, uma pedagogia dos meios entende que não se trata apenas de assistir a vídeos já elaborados.

É importante que se produzam vídeos nas próprias escolas. As secretarias de educação e as escolas precisam possibilitar que nossas crianças, nossos jovens e adultos e nossos professores vejam a si e às suas comunidades na tela do vídeo; para que possam mostrar a cara da escola que temos; e nada melhor, para isso, do que fazer vídeos das escolas e analisá-los com os seus atores presentes.

O vídeo poderia mostrar, por exemplo, coisas que acontecem na sala de aula mas que o professor não enxerga; poderia mostrar a depredação nas escolas, tanto o que é bonito, como o que é feio, os seus projetos, educando para o belo e construindo um entorno mais propício à aprendizagem.

Os órgãos responsáveis pela educação pública precisam criar videotecas e núcleos de multi-meios para produzir vídeos e outros materiais didáticos e para que os alunos não sejam meros consumidores.

A rede privada se antecipou na adoção da informática e das tecnologias dos meios, e a rede pública precisa cada vez mais incorporar a tecnologia, tanto na administração quanto nas escolas. Trata-se de trabalhar com meios de informação, os mais atuais. E a informação é sinônimo de democratização. Sem estar bem informado é impossível participar, portanto, é impossível ser cidadão.

Hoje nossos alunos e professores – que já vêm sendo formados num meio tecnológico em que o vídeo é importante – defendem a introdução de vídeos e câmeras de vídeo nas escolas. Muitas vezes se cotizam para que a escola que ainda não possui esses aparelhos possa tê-los. Equipar as escolas públicas, porém, é uma obrigação do próprio Estado. A produção de vídeo e as tecnologias mais recentes que permitem a criação de sites da Internet devem fazer parte das políticas públicas de educação e estar inseridas num projeto mais amplo no qual a comunicação seja considerada como parte integrante do processo educativo.

Ficou claro neste texto que nem o vídeo e nem a Internet substituem o professor. Os vídeos têm uma grande capacidade de mostrar pessoas, dados e fatos que falam por si mesmos, mas a educação, sendo essencialmente a construção de valores, de sentido para a vida, necessita do testemunho de valores em presença. Por isso, os meios de comunicação e a tecnologia não podem substituir o professor.

Alguns ainda objetam que na escola nem sequer existe giz e cadernos em número suficiente e que o vídeo e a Internet seriam um luxo em escolas pobres, ou que basta formar melhor o professor para usar o giz e a lousa. No entanto, autores argumentam em sentido contrário.



Texto adaptado de Moacir Gadotti. Comunicação e Educação.

¹Autor desconhecido - Texto recebido por e-mail

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