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quarta-feira, 20 de julho de 2011

8ª série 1.2.3...O papel da ONU no século XXI. *

O papel da ONU no século XXI. *

A ONU, organização criada em meio a grandes conflitos mundiais (I e II Guerras), veio substituir a falida Liga das Nações, instituição com propósitos semelhantes e que não conseguiu evitar a eclosão da II Guerra mundial.
Seus propósitos, desde o princípio eram os melhores, buscando atuar por um mundo sem violência, guerras, promovendo o progresso social e ampliando o nível de vida da população mundial.
Uma das primeiras obras foi a criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948 e outras obras posteriores que buscavam impor o respeito e a dignidade a todos através de direitos fundamentais.
A ONU tem sua sede em Nova Iorque e possuí atualmente 192 membros e uma estrutura organizacional bem complexa através de órgãos e agências como a Assembléia Geral, Conselho de Segurança, UNESCO, FAO, OMS, UNICEF, FMI, Banco Mundial e outros que buscam atar em diversas áreas como educação, trabalho, saúde, cultura, economia, segurança, etc...
O órgão considerado mais importante da ONU é o Conselho de Segurança, responsável em primeira instância pela manutenção da paz e da segurança internacionais. É constituído atualmente por 15 membros sendo 5 permanentes e com poder de veto, um voto negativo paralisa a ação do conselho (EUA, Rússia, França, Reino Unido e China) e 10 eleitos na Assembléia Geral de 2 em 2 anos (5 da África e Ásia, 2 da América Latina e 3 da Europa e outras partes do mundo). O Brasil já foi eleito diversas vezes. Existe um projeto que busca o amento do número de membros permanentes do Conselho de Segurança a fim de que os interesses mundiais sejam melhores representados, inclusive com a possibilidade de o Brasil ocupar uma destas cadeiras, porém, não possui o aval nem dos EUA e nem da Argentina que não aceita o Brasil como uma potência regional Sul-Americana.
Muito se discute na atualidade sobre a eficácia ou inutilidade da existência deste órgão (ONU). Alguns criticam o fato de a mesma não atuar de forma efetiva na resolução de conflitos, atuando meramente em campos de refugiados e levando ajuda humanitária aos flagelados das guerras, uma espécie de panos quentes para as feridas causadas pelos geopolíticos, enquanto outros, afirmam que a situação dos países em conflito poderia ser bem pior sem esta atuação.
Sobre o FMI, este muitas vezes é uma forma de aumentar a dívida externa dos países subdesenvolvidos, com pagamentos exorbitantes de juros, uma ferramenta da manutenção do imperialismo no mundo multipolar por parte dos países ricos (que desenvolvem tecnologia), causando a dependência em relação aos subdesenvolvidos.
Existe um desequilíbrio muito grande em se tratando de Conselho de Segurança, a meu ver um verdadeiro clube de conveniências onde os 5 membros permanentes se apóiam para impor suas geopolíticas, a Rússia (e União Soviética) é a campeã no uso do veto ( 118 vezes) e os EUA o segundo (76 vezes), potências protagonistas da Guerra Fria, duas grandes potências mundiais em uma história não muito distante, onde o segundo utilizou este artifício na metade das vezes para bloquear resoluções de condenação a Israel (seu grande aliado no Oriente Médio).
Na atualidade, o Conselho de Segurança da ONU não foi capaz de impedir a invasão do Iraque e Afeganistão pelos EUA o que trouxe grandes flagelos e os ataques a Geórgia pela Rússia.
O Conselho de Segurança, o FMI, enfim, a ONU é uma arma geopolítica nas mãos das grandes potências que a manipulam e ampliam a violência e as desigualdades mundiais, enquanto um grupo seleto do clube possui vários benefícios o restante do mundo geme e vive como marionetes nas mãos perversas e sedentas por sangue. Enquanto uns possuem armas nucleares que poderiam explodir o mundo inteiro (EUA e Rússia) outros são fiscalizados e impedidos de produzi-las.
Sobre a sua atuação na área social, em mais de 60 anos de existência e atuação da ONU o mundo a cada dia se torna mais desigual e o número de excluídos aumenta a cada ano. Enquanto as condições de vida nos países ricos são boas para a maioria da população, nos países pobres a situação é perversa, ratificando a lógica do sistema capitalista de produção, a internacionalização do capital amplia estas desigualdades através da exploração e nenhum compromisso social por parte do capital privado e o estatal que nos dias atuais se tornou um agente do grande capital.
Fica a pergunta, será que realmente esta instituição busca a paz, a cooperação entre os povos e a segurança mundial, onde os países-membros trabalham em prol de uma vida cidadã, como era o seu propósito, ou é uma ferramenta para a manutenção do domínio e perversidade dos grupos hegemônicos, seja em termos bélicos ou econômicos?
Para quem enxerga o mundo atual com um olhar crítico à resposta é muito clara, mas para quem vive no mundo das fábulas produzido pela grande mídia a miopia social direciona para outros caminhos.
Ora, a ONU, precisa de uma reformulação urgente a fim de que possa representar de fato os interesses da maioria dos países do globo, não sendo impotente diante dos problemas que assolam a maioria da população mundial a fim de que haja cooperação de fato e não continue sendo uma arma dos grupos hegemônicos mundiais. Com o atual estruturado sistema excludente que o mundo vive, é impossível falar de direitos humanos.

Tema de atividade: Reforma na ONU.
Texto: Autor desconhecido

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